Bisbliotando por aí, trouxe essa reportagem para vocês extraída do site da Veja, e gostaria de pincelar questionamentos e instigar reflexões no que diz respeito as novas mudanças referentes ao livro e a forma de concebê-lo. Muitas questões são discutidas entre nós, bibliotecários, sobre a extinção ou não dos livros como o concebemos, nos agarramos a isso como se a sua extição destruisse a razão de ser da Biblioteconomia, será que ainda somos "guardadores de livros"? É inquestionável ver a evolução (ou revolução?) das novas tecnologias, sua influência e poder de alterar rotinas, conceitos, fatos... não podemos ignorar o fato de que cada vez mais pessoas estão de habituando ao virtual, a leitura de sites, blogs, redes sociais, e por que não os e-books, os e-readers...temos que está atentos e preparados às mudanças e tendências que estão na ponta de nossos narizes, vislumbrarmos esse futuro tão próximo que se antecipa a cada abrir e fechar de olhos, abas e janelas. Devemos nos antecipar, não esperar por um futuro não mais tão distante, o tempo é relativo, e coopera com os avanços tecnológicos, e seus respingos já estão a nos atingir, ler virtualmente não é mais uma possiblidade mas uma concretização real. Vamos ainda continuar arrumando livros, presos a formatos e padrões? é hora, tempo e lugar de interagirmos e sermos agentes ativos dessas mudanças!
A Amazon lança o Kindle, o leitor digital
que recebe livros pela onda do celular
que recebe livros pela onda do celular
Jeff Bezos, o dono da Amazon:
"O Kindle pode não substituir os livros,
mas faz mais coisas do que eles"
Os primeiros livros feitos com tipos móveis renováveis, predecessores das publicações atuais, surgiram no século XV e semearam uma revolução. Transformaram a leitura em algo popular. Estaremos assistindo a uma nova revolução no conceito de livro? Na semana passada, a Amazon, a maior entre as livrarias on-line, lançou o Kindle, aparelho para ser usado na leitura de textos em formato digital. Não é o primeiro desse tipo de produto, chamado genericamente de e-reader. Mas tem um encanto especial: a conexão direta com a Amazon sem a intermediação de um computador. A livraria oferece 88.000 títulos para download. Há também uma seleção de jornais americanos e europeus, 250 blogs e a Wikipedia, a enciclopédia da web. Nenhum concorrente chega perto em número de publicações.
O conteúdo é baixado para o Kindle por telefonia celular, sem custo para o usuário. Já os livros e jornais precisam ser pagos. Um título recém-lançado sai por 9,99 dólares. Obras de catálogo são vendidas por menos de 1 dólar. Seja qual for o número de páginas da obra, o tempo de download não chega a ser um problema. O aparelho armazena em torno de 200 livros. O teclado permite consulta a textos arquivados e à Wikipedia. "O Kindle pode não substituir os livros, mas faz coisas que eles não fazem", disse Jeff Bezos, dono da Amazon, no lançamento do produto. O Kindle não é barato – custa 399 dólares, o preço de um iPhone. Pesa 300 gramas. É ligeiramente mais grosso que um lápis e tem o formato aproximado de um livro-padrão. Ou seja, pode ser carregado numa pasta sem causar incômodo. O visor, com 15 centímetros na diagonal, usa tecnologia criada pela E-Ink, empresa que nasceu no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A tela é constituída por cápsulas microscópicas, preenchidas por pigmentos pretos e brancos. Estes são ativados por uma corrente elétrica, formando as letras. Ao contrário dos computadores e dos celulares, quanto mais claro o ambiente, mais nítida fica a tela.
Os e-readers surgiram no fim dos anos 90. Nenhum deles emplacou. Pioneiros como o SoftBook e o Rocket eBook eram caros (500 dólares), pesados (1,5 quilo) e tímidos em termos tecnológicos (nem sonhavam com downloads por rede sem fio). A Sony produziu duas versões de livros digitais entre 2004 e 2006: o Librié e o Reader. O primeiro naufragou. O segundo tem vendas modestas. Tornou-se um produto de nicho. Em 2006, surgiu o iLiad, da iRex Technologies. Era mais leve que os primogênitos, mas ainda assim pesado: quase 400 gramas. A oferta de amplo conteúdo permite à dupla Kindle-Amazon um sonho mais ambicioso: representar para o mercado editorial o que outra dupla, a Apple-iPod, significou para a indústria fonográfica – uma reviravolta monumental.
Fotos divulgação | Limitado O iLiad foi lançado em 2006, mas era pesado e o conteúdo se limitava ao jornal belga De Tijd |
Para poucos Leve, o e-reader, da Sony, pesa apenas 200 gramas. Foi lançado no ano passado, mas nunca se tornou popular |
Acesse a reportagem original no site da veja: http://veja.abril.com.br/281107/p_088.shtml twitter
As tecnologias nunca chegam a todo mundo mesmo, não é? Veja o caso da TV, do celular, do computador... Uma minoria tem condições de usar esses recursos. A grande massa da população fica de fora de tudo, tentando garantir pelo menos o seu sustento.