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Biblioteca e bibliotecário: lidando com o "monstro"

Postado por Carla Façanha On 19:25:00

Observo a algum tempo, discursos inflamados por parte de alguns bibliotecários, professores e alunos da Biblioteconomia no que se refere a Interdisciplinaridade da Biblioteconomia e os reflexos dessa interdisciplinaridade no mercado de trabalho, diversificando as possibilidades de atuação desse profissional. Esse leque de opções mostra que o bibliotecário não se limita a atuar somente no espaço da biblioteca, isso é muito bom, porque as mais variadas aptidões podem ser aproveitadas. Ter imensas possibilidades de desempenhar o trabalho de bibliotecário não tem nada de errado, pelo contrário, é uma conquista da Biblioteconomia e da capacidade em formar profissionais cada vez mais flexíveis, criativos e conscientes de que a informação não está somente inserida em livros e bibliotecas, está em todos os lugares, ela já não se concentra hoje somente dentro dos espaços tradicionais de atuação do bibliotecário: bibliotecas públicas, universitárias, escolares, infantis, especializadas e comunitárias.
Porém o que questionamos é que a maioria desses "discursos inflamados" que atraem cada vez mais adeptos ao curso, acabam tornando a profissão cada dia distante da biblioteca, porque não há uma ênfase em dinamizar e modernizar o espaço biblioteca. Dessa forma a biblioteca se torna um "monstro", lugar de apatia e mofo, da velhinha magra ou gorda, de óculos, café na mesa, e na boca o psiu! E aqui relembro a impotância da biblioteca como espaço de múltiplas culturalidades, impregnada de "ditos e não ditos" e de memórias contruídas, desconstruídas, espaço de criação e recriação. Espaço esse que está deixando de ser repensado, inovado, por grande parte de estudantes que acabam sendo movidos por esses discursos, replicando os mesmos discursos, muitas vezes sem refletir as consequências de que necessariamente novos espaços não tornam os espaços tradicionais,velhos. Não os transformam em "monstros" mofados e fédidos. Fica então a pergunta...
Quem se atreverá a adentrar em um local onde os próprios bibliotecários estão fugindo à léguas?
O espaço da biblioteca ainda pertence ao bibliotecário, se é feio e chato, talvez precise ser repensado, talvez a criatura esteja se tornando maior que o criador. Podemos comparar tudo isso a criação de um filho problemático, que muitas vezes se revolta e foge ao controle dos pais, e em vez de lutar pela resolução desses problemas, os "pais frustrados" ignoram tal situação, se recolhem a outros espaços, para bem longe do "monstro" que eles próprios criaram.
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3 Response to "Biblioteca e bibliotecário: lidando com o "monstro""

  1. Gracy Said,

    Carla, ler seu texto me remeteu a minha última aula de Fundamentos. E a polêmica foi voltada justamente para o fato de que a maioria dos estudantes dentro do curso se voltam totalmente para a área da tecnologia e acreditam que esse será o futuro do mundo. Que vai ser, isso é inquestionável. Mas pensar que a tecnologia é a solução dos nossos problemas, é utópico! Costumo resaltar que devem estar preparados tanto para uma biblioteca de ponta, com tecnologia de última geração, quanto para um quarto com livos e fichas 7,5x12,5 organizadas em uma caixa de sapatos. Nunca deixo-os esquecer da obrigação social que cada profissão deve à sociedade em que se encontra inserida, e de sempre por em questionamento aquilo que faz. Pra que, pra quem, porquê? Acho estimulante pensar que a cada dia mais portas se abrem ao bibliotecário, mas acredito que este deve estar preparado para as exigências do mercado de trabalho, sem perder a essência do "ser bibliotecário", por que é justamente isso que os tornam tão necessários. E concordo plenamente quando vc diz: "Espaço esse que está deixando de ser repensado, inovado[...]". E essa é mais uma das muitas habilidades que o bibliotecário terá que desenvolver, a criatividade!!! Trabalhar com tecnologia, está praticamente se tornando lugar comum para todas as áreas. Há um tempo, o bem estar social era atividade corriqueira, e a tecnologia fazia diferença nas profissões para os profissionais que sabia lidar com ela. Penso que daqui uns anos, profissionais diferenciados serão aqueles que lidarão basicamente com a tecnologia, mas também estarão voltados para as questões sociais. E sem dúvida a biblioteca nunca vai deixar de exercer seu papel social, e profissionais que acreditam nisso, nunca deixarão que que suas "criaturas" se desfaleçam!!

     

  2. Muito bom seu comentário, e é bom saber que temos profissionais que pense dessa forma. Profissionais que não fechem os olhos para todo o aparato tecnológico que temos em mãos, mas que tb sejam transformadores, construtores e desconstrutores, aliando o novo ao tradicional. Acreditando na ação social que temos a desempenhar, no espaço da biblioteca, espaço esse tão carente de criatividade e inovação. O que faz a diferença é saber aliar tudo isso.

     

  3. Gisele Lima Said,

    Belo texto, Carla. Esse assunto na minha sala dá uma bela polêmica. Parece que na minha turma não existe meio termo, é "ame ou deixe"...
    Acredito que Tecnologia e Ação social tem que caminhar sempre lado a lado! Vamos fazer a diferença, avante!

     

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    Eu sou assim...

    Minha foto
    Fortaleza/ Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil
    Professora em Juazeiro do Norte pela UFC Campos Cariri e apaixonada pelas boas coisas da vida: Deus, família, meu esposo, amigos, biblioteconomia... Mestranda em CI pela UFPB com o tema de pesquisa intitulado "Uma proposta de categorização dos ex-votos do Casarão: o museus do Padre Cícero em Juazeiro do Norte". Atuo na área de Recursos e Serviços de Informação. Outros nteresses de pesquisa: memória e representação da informação.
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