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Reflexões de Milanesi em seu blog

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Reflexões de Milanesi em seu blog

Postado por Carla Façanha On 18:34:00
"...o aluno de biblioteconomia aprende a ser diferente na sala de aula ou antes de optar pela biblioteconomia já era diferente? Em outras palavras: a questão é de ambiente escolar ou de personalidade?[...]Não sei o motivo, mas[...]quando eu ministrava uma disciplina para todas as áreas, além da Biblioteconomia: Jornalismo, Artes Cênicas, Relações Públicas, Cinema, etc. Os alunos de Biblioteconomia sentavam-se juntos e, pelas características, eu denominava o grupo de "a minha ilha do silêncio". O fenômeno repetia-se ano a ano. E de tal forma que eu cheguei a uma conclusão: não era a Biblioteconomia que moldava a cabeça dos alunos, mas as cabeças já moldadas é que escolhiam a Biblioteconomia. Curiosamente, os jovens que que queriam ser jornalistas eram bem diferenciados dos alunos que desejavam ser bibliotecários, ainda que ambos escolhessem, de forma variada, trabalhar com informação. Na realidade, os alunos da Biblioteconomia optavam por UMA imagem da profissão (a rotina silenciosa, o convívio com os livros, a visibilidade social limitada...) e não pelo perfil real de um agente/gestor/ator da informação. Será que o perfil dos nossos alunos mudou?..."

"Depois de cinco séculos de acervos de impressos a entidade 'biblioteca' e os seus trabalhadores, os "bibliotecários", observam que as suas tarefas tradicionais não são mais imprescindíveis. Com os textos digitalizados, tanto os do passado quanto os do presente, e com instrumentos de busca cada vez mais refinados não sobra espaço para as estantes e as brochuras. Cria-se, paralelamente, uma prática nova, comandada pela tecnologia que, na prática, dispensa os impressos. E a tal ponto que em algum momento do futuro não haverá mais as bibliotecas como conhecemos hoje. Toda essa mudança, ao que tudo indica, não foi comandada pelos "profissionais da informação" - como se auto-denominam os bibliotecários. Há uma nova categoria, multifacetada, de profissionais que leva adiante essa mudança. Progressivamente, essas transformações tornam obsoleta a figura do bibliotecário como intermediador. Que papel está reservado a ele? Que desempenho terá?"


"Não há nenhuma certeza, mas calcula-se que hoje no Brasil existam cerca de 70.000 lan houses. E menos de 5.000 bibliotecas públicas. Quanto às escolares muito pouco se sabe. Um detalhe: a lan house é porta para outra biblioteca: imensa, todo o conteúdo da internet com imagem, cor, som, vídeo... Já as bibliotecas variam muito, mas como nós sabemos a maioria forma uma paisagem desoladora. Então vemos um belo nó: nem chegamos à biblioteca desejável e já temos alternativa irresistível para as crianças e os jovens. Desconheço pesquisa sobre as lan houses e, principalmente, sobre o que os freqüentadores vão fazer lá. Mas por notícias vagas e dispersas parte da clientela vai mesmo fazer pesquisa escolar. Como disse em mensagem anterior, nas duas últimas décadas o estudo das bibliotecas públicas e escolares despencou – como se a importância delas também tivesse caído. Se existissem estudos sobre o assunto provavelmente seria constatado que as lan houses explodiram e as bibliotecas implodiram, aquelas, progressivamente, substituindo estas. É espantoso, mas captei parte dessas informações na... TV Globo, Regina Casé. Acho que estamos perdendo o bonde da história.
Há um campo mais próximo de nós e, pelo que me consta, também pouco estudado pelo ângulo do uso e do público: os serviços que, antes, eram denominados “bibliotecas especializadas”. Também não tenho certeza, mas pelo meu periscópio percebo que ano a ano está caindo o número de usuários desses serviços. Parte substancial dos pesquisadores não utiliza mais os periódicos impressos, pois encontra o que deseja nos computadores domésticos ou do escritório conectados à internet. Um pesquisador cresce em seu conhecimento específico com a capacidade de se abastecer de informações. Ele, sem esforço, sabe o que precisa ler para se atualizar. Um especialista em célula-tronco, por exemplo, não precisa de um intermediário para lhe dizer o que deve ler: ele está permanentemente conectado a outros pesquisadores numa rede que envolve o planeta e que faz a emissão e a recepção serem quase simultâneas.
Depois dessas visões das duas pontas do arco da pesquisa resta a pergunta: numa perspectiva de futuro qual será a nossa identidade profissional? "


Faço minhas as indagações de Milanesi: o que estamos fazendo da nossa indentidade profissional. O problema da questão pode está em nós. Precisamos modificar este esteriótipo do profissional neutro, do profissional do silêncio, da passividade... precisamos encantar pessoas com as novas possibilidades do agir bibliotecário.
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    Fortaleza/ Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil
    Professora em Juazeiro do Norte pela UFC Campos Cariri e apaixonada pelas boas coisas da vida: Deus, família, meu esposo, amigos, biblioteconomia... Mestranda em CI pela UFPB com o tema de pesquisa intitulado "Uma proposta de categorização dos ex-votos do Casarão: o museus do Padre Cícero em Juazeiro do Norte". Atuo na área de Recursos e Serviços de Informação. Outros nteresses de pesquisa: memória e representação da informação.
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