Título Original: Central do Brasil
Gênero: Drama
Duração: 112 min.
Ano de Lançamento (Brasil): 1998
Direção: Walter Salles
Gênero: Drama
Duração: 112 min.
Ano de Lançamento (Brasil): 1998
Direção: Walter Salles
Dora (Fernanda Montenegro) escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil. Nos relatos que ela ouve e transcreve, surge um Brasil desconhecido e fascinante, um verdadeiro panorama da população migrante, que tenta manter os laços com os parentes e o passado.
Uma das clientes de Dora é Ana, que vem escrever uma carta com seu filho, Josué (Vinícius de Oliveira), um garoto de nove anos, que sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Na saída da estação, Ana é atropelada e Josué fica abandonado. Mesmo a contragosto, Dora acaba acolhendo o menino e envolvendo-se com ele. Termina por levar Josué para o interior do nordeste, à procura do pai.
À medida que vão entrando país adentro, estes dois personagens, tão diferentes, vão se aproximando... Começa então uma viagem fascinante ao coração do Brasil, à procura do pai desaparecido, e uma viagem profundamente emotiva ao coração de cada um dos personagens do filme.
REFLETINDO...
Trabalhamos ( Falo no plural, pois percebo a relação professor-aluno como uma criação dialógica, contruída dos dois lados) o filme Central do Brasil com os alunos do 3º semestre de Biblioteconomia na disciplina de Fontes Gerais da Informação. Alguns poderiam perguntar (ou não) sobre a relação da disciplina citada e o contexto do filme. Então resolvi expor aqui nossa proposta de reflexão, o pensar e repensar sobre o filme na perspectiva da necessidade e da importância da informação e o reflexo desta na transformação das percepções e direcionamento de escolhas e tomadas de decisões.
Ao escrever para analfabetos na Central do Brasil, Dora (Fernanda Montenegro) se torna mediadora da informação, e tem em suas mãos o poder de interferir no traçado percorrido dessa informação. Nos relatos que ela ouve e transcreve, surge um Brasil desconhecido e fascinante, um verdadeiro panorama da população migrante, que tenta manter os laços com os parentes e o passado. Observamos que as principais necessidades de informação ouvidas através das cartas, que de acordo com o diretor do filme Walter Salles, 90% são relatos verídicos, eram necessidades de receber e enviar notícias, partilhar conquistas e expressar sentimentos; necessidades inerentes ao homem: a comunicação. Observamos também ações de interpretação e apropriação da informação quando a atriz em uma cena interpreta o conteúdo uma carta de seu pai para a sua mãe. Ela faz relação entre o taxi, transporte sem destino e sem direção com a vida de seu pai, interpretando a relação entre o taxi e o ônibus, onde expressa que seria melhor andar de ônibus, pois o ônibus sempre tem destino certo.
Fernanda Montenegro em entrevista no DVD do filme menciona a informação como fonte transformadora. E podemos ver essa transformação nos rumos que os personagens e suas histórias tomam durante toda a trajetória do filme. Durante todo o caminho percorrido pela informação, refletimos sobre a mudança de concepção causada pelo acesso a esta, que certamente leva os personagens à mudança, aos encontro e aos desencontros.
Um filme humanista e realista, que nos chama a atenção e nos convida a reflexão quando nos permite entrarmos em contato com um personagem, cujo "poder de comunicação" perpassa por suas mãos, na medida em que tem a capacidade permitir que histórias sigam seu rumo e percorram seus destinos.
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muito boa a colocação a respeito do filme . Sou estudante de administração , estou no primeiro semestre e tive uma atividade de língua portuguesa , sobre o que o filme " Central do Brasil" tem a ver com o processo de comunicação, sua reflexão me serviu de apoio . se tiver outras sugestões sobre filmes que tenham a ver com o assunto favor acessar o blog do meu grupo : adm30empreendedorest2.blogspot.com
Você só enxergou isso no filme? Que visão limitada.
Baixar o Filme - Central do Brasil - http://mcaf.ee/06dgt