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Pânico na Biblioteca por Eoin Colfer

Postado por Carla Façanha On 20:12:00



 Você já viu, ouviu ou viveu esse tipo de experiência? Postei aqui alguns trechos desse livro, aproveite, baixe o livro e leia na íntegra. É um livro infantil e possui apenas 26 páginas. Confira aqui!


"...Havia uma varanda do lado de fora da biblioteca. As paredes eram cobertas de cartazes sobre coisas como grupos de leitura e concursos de arte. Tudo muito educativo. Olhamos as figuras nos cartazes, de qualquer maneira. Qualquer coisa para adiar a entrada na biblioteca e ter que encarar dona Batata. Ficamos ali até mamãe subir a escada e bater no vidro.
Não tínhamos alternativa a não ser entrar. Era exatamente o que eu temia. Não havia nada lá a não ser livros. Livros só esperando para pular das prateleiras e me fazer de bobo. Eles pareciam me observar de seus poleiros. Eu os imaginei se cutucando.
“Olha”, diziam eles. “Mais duas crianças se divertindo muito. Vamos logo dar um fim nisso.”
A biblioteca parecia continuar para sempre. Filas e mais filas de estantes de madeira, lotadas do chão ao teto. Cada fila tinha uma escada com rodinhas nas pontas. Aquelas escadas teriam dado ótimas aventuras, mas a chance de uma criança poder se divertir de verdade ali era zero.
— O que vocês querem? — disse uma voz vinda do outro lado da biblioteca.
Meu coração se acelerou ao som daquela voz. Era como dois pedaços de metal enferrujado sendo esfregados um no outro. Prendi a respiração e olhei para a sala enorme. Uma velha estava inclinada sobre uma mesa enorme de madeira, as juntas maiores que umas bolas. O cabelo grisalho estava preso tão apertado que as sobrancelhas foram para o meio da testa. Ela parecia ao mesmo tempo surpresa e irritada. Era dona Batata, sem dúvida nenhuma.
— Eu disse, o que vocês querem? — repetiu ela, batendo na mesa com um carimbo.
Fomos até a mesa dela agarrados um no outro como dois macacos assustados. Havia uma caixa cheia de carimbos na mesa, e mais dois pendurados em seu cinto como revólveres.
Dona Batata olhou para baixo de uma altura enorme. Ela era grandona. Mais alta do que o meu pai, e mais larga do que a mamãe e minhas duas tias amarradas juntas. Os braços eram magros como de um robô e os olhos pareciam dois besouros pretos por trás dos óculos.
— A mamãe disse que temos que nos inscrever na biblioteca — eu disse.
Uma frase completa. Nada mau, nestas circunstâncias.
— Era só o que me faltava — rosnou dona Batata. — Mais dois diabinhos bagunçando minhas estantes. — Ela pegou uma caneta e dois cartões na gaveta.
— Nome?
— D-d-dona Ângela — gaguejei. Dona Batata suspirou.
— O meu nome não, palerma. O nome de vocês.
— Eduardo e Marcos Medeiros! — gritei, como um cadete do exército.
Tínhamos entregado nossos nomes e o endereço foi o seguinte. Fiquei meio preocupado com isso. Agora dona Batata sabia onde morávamos e podia nos rastrear se esquecêssemos de devolver um livro.
A bibliotecária preencheu os cartões, carimbando-os depois com o timbre da biblioteca.
— Cartões rosa — disse ela, entregando-os a nós. — Rosa significa infantil. Rosa significa que vocês ficam na seção infantil da biblioteca.
Marquinhos percebeu que os banheiros ficavam na seção dos adultos.
— E se a gente tiver que... ir.
Dona Batata atirou o carimbo de volta na caixa, batendo a tampa.
— Pense nisso antes — disse ela. — Vá antes de chegar aqui.
Dona Batata nos levou por longos corredores de tábua corrida para a seção infantil. Usava umas pantufas felpudas que poliam as tábuas enquanto ela deslizava.
— Esta — disse ela, apontando com um dedo calombento — é a seção das crianças.
A seção era na verdade uma única estante com quatro filas de livros. No chão, diante dela, havia um pequeno pedaço de tapete puído.
— Só tirem os pés do tapete para ir embora — alertou ela. — Qualquer idéia infantil que entre na cabeça de vocês, ignorem. Fiquem no tapete, ou haverá encrenca. — Ela se curvou até quase se dobrar, fazendo com que os seus olhos de besouro ficassem no mesmo nível dos meus. — Está claro?
Concordei com a cabeça. Estava claro. Sem dúvida nenhuma..." 

___________________________________________________


"...Então um dia aconteceu uma coisa estranha. Eu estava fingindo ler um livro chamado Finn McCool, o gigante da Irlanda, quando alguma coisa me pegou. Era a primeira frase da história.
Finn McCool, dizia, era o maior gigante da Irlanda.
Havia alguma coisa naquela frase. Era... interessante. Decidi ler um pouco mais. Eu não ia ler o livro todo, de jeito nenhum. Mas talvez só mais algumas frases.
Finn tinha um problema, dizia o livro. Angus MacTavish, o maior gigante da Escócia, queria brigar com ele.
Bom, agora eu não conseguia parar. Dois gigantes brigando! Talvez eu tivesse entendido como isso ia acabar. E aí li até o fim da página e continuei lendo direto. Antes que me desse conta, eu estava perdido na história de Finn McCool e Angus MacTavish. Tinha aventura, magia, batalhas e planos espertos. Montanhas explodiam e magos viravam duendes. Cabras mágicas falavam e princesas se transformavam em cisnes. Era outro mundo.
— Pronto para ir? — disse uma voz.
Olhei para cima. Era a mamãe.
— O que está fazendo aqui? — perguntei.
Havia sacolas de compras nas mãos da mamãe.
— O que acha que estou fazendo aqui? Está na hora de ir.
Abracei o livro no meu peito.
— Mas a gente acabou de chegar. São só...
Parei de falar quando vi o relógio da parede. Eram cinco da tarde. Eu estava lendo um livro há quase duas horas. Olhei para Marquinhos. Ele ainda estava lendo! Um livro com uma imagem de um dragão na capa. O que estava acontecendo aqui?
— Agora vamos, seu pai vai ficar esperando.
Para meu completo assombro, eu percebi que não queria deixar meu livro para trás. E Marquinhos também não..."
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1 Response to "Pânico na Biblioteca por Eoin Colfer"

  1. Un saludo desde Perú
    Fernando Mendez
    http://desarrollopuntocom.blogspot.com/

     

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    Eu sou assim...

    Minha foto
    Fortaleza/ Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil
    Professora em Juazeiro do Norte pela UFC Campos Cariri e apaixonada pelas boas coisas da vida: Deus, família, meu esposo, amigos, biblioteconomia... Mestranda em CI pela UFPB com o tema de pesquisa intitulado "Uma proposta de categorização dos ex-votos do Casarão: o museus do Padre Cícero em Juazeiro do Norte". Atuo na área de Recursos e Serviços de Informação. Outros nteresses de pesquisa: memória e representação da informação.
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