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Com as características únicas e diferentes de cada comunidade faz-se necessário um profissional bibliotecário seletivo, dinâmico, criativo e participativo, alguém capacitado, não somente para “guardar livros”, como a sociedade o percebe, mas em organizá-los e entendê-los, comunicando seu conteúdo de forma diversificada, relacionada com a melhor maneira de transmitir esse conteúdo a seus usuários. È preciso ter em mente que


o Bibliotecário não é um guardador de livros. Nós não estamos nas bibliotecas para ‘tomar conta’ dos livros (expressão que me paralisa). Paradoxalmente, estamos nas bibliotecas para garantir a circulação de livros e o enriquecimento coordenado das coleções constitui o cerne da questão. Por mais que doa, bibliotecário pode ser qualquer um desde que possua o entendimento de que aqueles livros, muito embora patrimônio coletivo, não são os seus livros; de que mais vale usar e gastar aqueles livros do que impedir que os mesmos sejam tocados (i.e. profanados); de que aqueles, para serem utilizados, implicam uma organização; e de que os livros têm função social e cultural de valor inestimável, residindo o seu interesse única e exclusivamente no uso que lhes possa ser dado (CABRAL, 1996, p. 42).



No Brasil, até pouco tempo atrás o discurso do bibliotecário se voltava para a valorização da técnica acima de tudo e qualquer coisa; rejeitavam o papel social e a função educativa, a sociedade por sua vez desconhecia esse profissional que se mantinha enclausurado nas “masmorras” das bibliotecas em sua técnica passiva, cada vez mais distante do contato com uma sociedade que clamava informação e por um profissional presente às suas necessidades de leitura, de discursões, pesquisa e estudo. Essa sociedade não só desconhecia o bibliotecário, mas ignorava a biblioteca por vê-la distante de sua realidade, pois aquele que poderia “quebrar o silêncio” e guiá-la desmistificando a biblioteca de “templo sagrado” a um lugar de construção e aprendizado; um lugar atraente e receptivo, ainda se mantinha atrás dos muros do castelo. Aos poucos e com muito sofrimento, pois era preciso quebrar paradigmas e romper com o tradicionalismo, este profissional vem atuado para modificar o seu perfil aliando sua prática profissional ao relacionamento com a realidade social, política e econômica, na comunidade em que se insere, utilizando o seu objeto de trabalho, a informação, e a socialização desta para democratizar a sua inserção no seio desta comunidade. Corroborando, Cysne (1993) nos diz que


deve ser desenvolvida uma prática cujo objetivo maior seja a difusão do saber produzido e sistematizado, de modo a garantir à população o acesso aos conhecimentos necessários á solução dos problemas do seu dia-a-dia, à elevação de seu nível cultural, de modo que possa o bibliotecário participar mais ativamente das decisões sociais, buscando-se resgatar o conceito e a prática da cidadania. Convém relevar que tal prática tem em conta a informação como um dos bens sociais que pode contribuir e até provocar, em meio a outros grupos sociais, a transformação da sociedade. (CYSNE, 1993, p. 21).


Tendo em vista o clamor da sociedade e o poder de sua atuação o bibliotecário tem feito mudanças no seu perfil e, procura aliar ao seu trabalho, a dimensão social e educativa. Com esta atitude busca derrubar antigos estereótipos de “guardião de papéis empoeirados e fichas amarelas e sentado atrás de um balcão sempre de mau humor, ao lado do famoso cafezinho e com uma palavra sempre a ajudar: Psiu!”. Atualmente, o bibliotecário sofre uma transformação essencial ao desenvolvimento da profissão e da própria sociedade. De acordo com Castro


a mudança da imagem do bibliotecário humanista, conservador, imperfeito para progressista e moderno dava-se à medida que este não se preocupava somente em adquirir livros e pô-los em ordem, mas o seu interesse maior era que todos os materiais existentes na biblioteca fossem lidos e consultados. (CASTRO. 2000, p.121).


Com a preocupação do bibliotecário em não somente disponibilizar a informação, mas se incomodar se esta estar sendo bem aproveitada por sua comunidade, refletindo e avaliando sua forma de trabalho, seu grau de atuação em contribuir para um melhor desenvolvimento dessa informação diante da necessidade de seus usuários, é percebido um profissional capaz de enxergar além das aparências ou de um “balcão de empréstimo”, cujo olhar se volta para um educador e não somente um repassador de informações. Esse perfil caricato do bibliotecário, de apenas um repassador de informações trouxe uma marca negativa na imagem desse profissional, prejudicando o desenvolvimento da profissão e consequentemente a sua aceitação diante de outros profissionais e da sociedade. Porém esse profissional se vê diante de uma mudança urgente, necessária a responder o rápido desenvolvimento e proliferação da informação onde se faz imprescindível a sua presença e atuação, apreendida nos anos acadêmicos e práticas profissionais. Um profissional capaz de entender as características e os anseios da comunidade a qual serve, modelando sua prática e atuação visando a melhor apreensão, aprendizado e relação da informação a ser transmitida e partilhada.

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    Minha foto
    Fortaleza/ Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil
    Professora em Juazeiro do Norte pela UFC Campos Cariri e apaixonada pelas boas coisas da vida: Deus, família, meu esposo, amigos, biblioteconomia... Mestranda em CI pela UFPB com o tema de pesquisa intitulado "Uma proposta de categorização dos ex-votos do Casarão: o museus do Padre Cícero em Juazeiro do Norte". Atuo na área de Recursos e Serviços de Informação. Outros nteresses de pesquisa: memória e representação da informação.
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